quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Luzes fluorescentes.

Ela olha a cidade lá fora, vê as luzes acesas. O natal está para chegar. Ouve uma música nova, mas a melodia parece extremamente familiar. Momentos começam a passar à sua frente, quase se vê nas cenas, como nos filmes, que as pessoas enxergam as lembranças como se não estivessem presentes. Uma alegria inexplicável aponta em seus lábios e ela sorri. Há quanto não sentia aquilo? A ansiedade pelo novo, a vontade de viver outra era. Tem tido tempos difíceis. O pior, é que ninguém sabe o que passa na cabeça dela. Ela ri, de ironia. Quem é ela? Ela guarda a resposta apenas para si. Está com vontade de dançar, de chorar de felicidade. Está com vontade de abraçar as pessoas que ama, as pessoas que lhe são importantes. Ela sempre gostou da nostalgia, nunca viu problema em sentir saudade. E mesmo sabendo que sempre falta alguma coisa, de fato, ela se sentia completa naquele momento. Deixava os maus espíritos levarem os sentimentos péssimos. Respirava nova fase, novos ares. A vida não era tão ruim. Voltou a janela, viu as luzes de natal novamente. Branca, azul, vermelha... O arco íris fluorescente tocou seu coração. Era tempo de ser feliz.

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