terça-feira, 28 de junho de 2011

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Eu não quero morrer sozinha. Não, eu quero uma casa cheia de amigos, até lá quero ter encontrado o amor da minha vida e quero filhos que preencham com netos e bisnetos. Quero compartilhar com as pessoas que eu amo cada pedacinho de mim, cada erro ou vitória, para que elas possam fazer igual ou diferente do que eu fiz - dependendo do sucesso.
Quero ter 50 anos e sentar em uma mesa com as minhas amigas de hoje e relembrar como tudo era lindo e fácil. Relembrar as músicas, as cores do mundo, os amores e indagar sobre por onde anda aqueles que não temos notícias há tempos.
Eu quero gente. As pessoas são a coisa mais importante da minha vida. Ter um bom amigo pra compartilhar dor ou alegria. Ter um amor verdadeiro para dividir angústia e fé. Ter uma família que me dê sentimentos além do porta retratos. Não, definitivamente, eu não quero morrer sozinha.
No entanto, muitas vezes nós recebemos em nossas vidas pessoas que não se importam em terminarem sozinhas. Pessoas mais preocupadas com o bem estar do seu ego, com a satisfação do seu grande 'eu'. Esses, sem dúvida, morrem sozinhos. E aí daqui a 40 ou 50 anos, sentados na solidão de uma cadeira de balanço, vão contar quantos amigos e amores deixaram passar. Para quê? Para nada. Buscavam uma coisa que não sabiam. Assim é fácil. É fácil colocar a culpa na indecisão, na confusão, na 'introspectividade'. Não. O nome disso é crueldade. Você ferir sem pensar, você cometer atos que magoam as pessoas que mais amam você, não é falta de comunicação. É falta de caráter.
Eu acredito em mim e acredito no mundo. Sei que há muita gente boa no planeta, gente capaz de ser leal, de se entregar de verdade, de realizar atitudes menos egoístas e mais altruístas. E é por esse tipo de gente que eu continuo não querendo morrer sozinha. Eu quero morrer com eles.
Tomei uma decisão. A partir de agora, vou praticar a memória seletiva. A todos aqueles que me fizeram mal, que me contaram mentiras, que me fizeram acreditar que eu estava vendo coisas que não existiam, enquanto planejavam atitudes perversas e cruéis, o meu esquecimento. Não quero lembrar de nenhum sorriso que dei para essas pessoas, de nenhum carinho, de nenhuma palavra amiga. Não quero lembrar de viagens, filmes, palavras de perdão ou confiança. Esqueci de vocês. Todos vocês que também se esqueceram de mim e dos meus sentimentos.
Saber mudar é um dom que nós humanos temos. A racionalidade nos proporciona inteligência para nos adaptar a novos desafios e situações. Vai ser fácil viver sem eles. Só não sei se vai ser fácil viver sem mim. Afinal, ao contrário de mim que não perco nada, muita gente anda perdendo uma amiga leal, fiel, honesta e incapaz de cometer uma atitude tão abominável a fim de massagear o ego.
Até hoje nunca tinha parado pra pensar o quanto era triste a tal da indiferença. Talvez não seja triste para quem se torna indiferente, mas para quem sente é bem triste. Pelo menos para mim. Não estou acostumada a não sentir nada. Eu sou do tipo que sente. Eu sinto muito.
Meu coração estará sempre aberto às boas pessoas da vida. Aos antigos e velhos amigos, aos amores inesquecíveis de infância - como o Dudu do maternal - e aos novos amores que chegam e me fazem passar madrugadas em claro ao telefone, só pelo gostinho de estar um pouco mais perto, aos amigos recentes que se fazem presentes em situações necessárias. A essas pessoas, dedico todo o meu carinho e atenção. Pois, graças a deus, eu sou um ser capaz de amar. E amar de verdade.

"A força do corpo se encontra na excelência do caráter".

domingo, 26 de junho de 2011

Ainda. E sempre.

Ainda e sempre são as duas palavras chave de hoje. O tempo parece passar se arrastando e, na verdade, tudo está igual. Bem igual.
Não importa em que estágio de vida nós estamos, sempre temos sentimentos ridículos como medo, covardia, vontade de sair correndo, mania de perseguição, achar que tudo vai dar sempre errado. Porque é mais fácil desistir do que tentar fazer diferente, não é mesmo? É mais fácil dizer "não ia dar em nada, mesmo" e aceitar a condição de viver sempre mais do mesmo. É seguro.
Até nossos relacionamentos nos mostram isso. Já reparou que todas as pessoas que você se envolve possuem um traço em comum? E é muito provável que esse traço seja aquele defeito que você acha insuportável, mas pra você fica mais cômodo administrar o mesmo defeito. Afinal, você já está acostumado com ele. E aí não importa se você já teve dois, três ou 15 namorados, se você tiver 30 anos hoje, você está saindo com a mesma pessoa desde os 15. Eles são os mesmos. E não venha me dizer que não.
Pessoas novas trazem novas sensações, novos toques e novas descobertas. Elas querem saber coisas da sua vida que você nunca contou para ninguém, porque todos aqueles outros nunca se interessaram em saber. Assusta, assusta muito. Mas me sinto menos assustada em encarar o novo do que viver presa no passado.
Outro erro nosso é não se permitir adaptar aos novos desejos, às novas exigências. Queremos nos comportar de forma igual com todo mundo. E aí vem o conflito. Não é mais a mesma pessoa, portanto, você precisa ter boa vontade e tentar entender as novas questões. Você não nasceu pronto, a gente ficou 'assim' após as experiências passadas. Que tal tratar cada nova experiência como se fosse a primeira?
E daí se daqui a alguns meses não vai dar certo? E daí se vocês se tornarem dois estranhos, falarem apenas o necessário e acabem falando coisas estúpidas na hora de uma briga? Ou pior, e se daqui a alguns meses ou anos seja tudo tão tedioso que não haja nem brigas?
As possibilidades de não dar certo, de ser só mais uma pessoa para sua coleção, são muitas. Mas também há aquela possibilidade de vocês viverem uma grande história, a história da vida de vocês. De não ser só mais um, de ser O alguém. De vocês construirem uma casa, ter filhos, comemorar juntos as conquistas da vida. Tem a possibilidade disso, disso tudo aqui, dar certo.
As possibilidades que você acredita na vida, definem que você é. É preciso ter sempre um pouco mais de fé.

domingo, 19 de junho de 2011

eu desafio você a me amar.

Te proponho um desafio. Não vai ser fácil. É preciso ser muito valente, ter coragem e fé. Valentia para enfrentar as horas de dúvida, coragem para me receber e fé para achar que pode dar certo. Te desafio a me abraçar, a olhar nos meus olhos e receber um beijo. Te desafio a ver um filme de mãos dadas. Te desafio a saber minha cor preferida, o número do meu sapato, a primeira palavra que eu falei na vida e o meu dia da semana favorito. Te desafio a me contar com quantos anos você aprendeu a andar de bicicleta, quando foi o seu primeiro beijo e o que você acha sobre bomba nuclear. Te desafio a me ensinar músicas, a me mostrar filmes, a me mostrar antigos poemas, antigos contos que você escreveu e nem se lembra pra quem. Te desafio a dividir a comida, a rachar a conta do restaurante e a tomar uma cerveja. Te desafio a fazer massagem nos meus pés, te desafio a falar comigo por 5 horas seguidas ao telefone. Te desafio a sorrir até ficar sem ar, te desafio a pensar em mim, te desafio a ter alguém que fica ansiosa pra falar com você. Te desafio a ser feliz. Te desafio a se deixar levar por essa onda da vida que nos traz pessoas e lugares inexplicáveis. Pois só quem aceita o desafio, vive. As vezes é preciso aprender a aceitar a possibilidade de perder para poder ganhar. Te desafio a ter o copo meio cheio e meio vazio e lutar comigo para tentar ver sempre o lado preenchido. É vivendo que a gente se deixa sentir e é sentindo que a gente vive.

Fica, vai ter amor.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sou o tipo de pessoa que acredita em sorte. Acredito em roupas que dão sorte (ou azar), brincos que tornam meu dia melhor. Acredito em anjos que sopram em nossos ouvidos coisas que dizemos sem saber o motivo, mas que precisávamos dizer exatamente naquele momento. É, eu sou o tipo de pessoa que acredita.
O dia não foi fácil. Pra começar, mal dormi. Às 5h da manhã já estava de pé. E ao desencadear do dia, fui percebendo que não seria um good day. Teria eu escolhido a roupa errada?
Eu também sou do tipo que acredita que os dias ruins são compensados com dias maravilhosos depois. E é apenmas nisso que eu penso quando as coisas não vão bem.
Uma maré de azar. É assim que eu penso que as coisas devem estar. Espero que a maré mude logo. Logo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

É como reaprender a andar. Redescobrir a si, a nós, ao mundo. Tentar dar um, dois, três passos, sem precisar te contar ou perguntar. Ser mais eu. Pensar por mim, só, individual e egoísta. Não tem mais nós. Agora só basta um travesseiro na cama, um sanduiche, um copo, um prato na mesa.
Saudade é algo inexplicável. A dor da partida é semlehante à dor da morte. Só sabe quem passa. A lembrança lateja na mente. E vai e volta e vem de novo.
Tenho sorte, confesso que tenho sorte. Pois de tantos casais que só levam na memória as brigas e os aperreios, quando pensar em você vou sempre lembrar de você sorrindo. Independente do que, quando penso na gente, sempre penso na gente rindo.
Amor é troca. Nós trocamos tudo. Carinho, confidências, confiança, amizade, beijos, abraços, sussurros, olhares, pedaços do sanduiche e até os goles de um copo d'água, que eu sempre reclamei tanto por você fazer.
O fim é também começo. Por mais clichê, por mais batido, é um novo começo. Vamos ser felizes. Vamos ter novos sorrisos, novos moitivos para sonhar e, quem sabe, novos amores para dividir sanduiches. Mas nada é comparável, pois a cada ser se ama de uma forma só. Sempre te amei com toda alma e coração. E sempre vou amar. É sempre amor.
Sempre torci e sempre vou torcer por você. Espero que você saiba que eu vou estar presente, mesmo que eu não esteja fisicamente, em todos os momentos. Vou sempre estar na torcida, mesmo de longe, para que tudo dê certo, tudo seja feliz. Você merece o mundo.
Um sentimento de fracasso invade o meu peito. Quantas vezes escrevi sobre nosso amor, nossos sonhos, nossas comemorações. Mas nunca, nunca mesmo, pensei em escrever sobre o nosso fim. É uma surpresa.
Vou sentir saudades, vou chorar, vou sentir vontade de dormir abraçada com você e encostar meu pé no seu. Vou lembrar do seu sorriso, da sua voz e do seu abraço. E seus beijos. O melhor beijo.
Abrimos mão de um destino e, como prêmio, ganhamos todas as possibilidades do mundo à nossa frente. Façamos bom proveito. Sejamos felizes. E se um dia a vida for marota o suficiente pra nos jogar de novo no mesmo barco, que seja.
Por ora, te desejo a felicidade, os sorrisos e te envio o meu amor e muita luz. Te amei, te amo e sempre vou te amar.
Até logo. Aqui ou em outras vidas. Até logo, meu menino.