domingo, 30 de dezembro de 2012

2012 - o inacreditável.

Em 2011, eu passei a virada com dois amigos em uma festa num alto prédio do centro da cidade do Recife. Olhando os fogos que anunciavam no céu a chegada de 2011, eu só conseguia pedir uma coisa a deus, ao universo, aos bons espíritos ou seja lá quem me ouvisse: ser feliz. Tinha sido um ano muito duro, muito difícil. Eu precisava de descanso.
2012 foi inacreditável. Logo em janeiro, uma dessas coisas que só acontecem em novela, aconteceu comigo. Ganhei um prêmio de 10 mil pilas para redecorar a minha casa. E aí eu, que sempre quis ajudar minha mãe, pude dar a ela uma "casa" novinha em folha. Foi maravilhoso.
Em fevereiro, o menino com os olhos mais curiosos do mundo me encantou. A gente começou a namorar e eu pude, enfim, me sentir viva de novo.
Já em agosto eu fiz 21 anos e, depois de ser considerada adulta no mundo inteiro, decidi que era a hora de ser criança de novo e resolvi pedir demissão do emprego e viver um pouco às custas da minha mãe. Precisei dar alguns passos para trás para poder seguir em frente. Consegui um novo emprego, me reafirmei como profissional e me senti em paz.
Terminei um ciclo que pareceu uma eternidade, mas que ainda nem consigo dimensionar a saudade. A faculdade acabou e a emoção de me formar se confunde com a angústia de perder o contato diário com os meus amigos. Os meus melhores amigos. Coincidência ou não, foi o ano em que mais estivemos juntos, desde o início da faculdade.
Venci um pouco o meu orgulho pedindo desculpas a quem magoei. Tentei ser um pouco menos ríspida com quem amo e, de volta, ganhei muito mais carinho.
Crescer dói e é claro que em 2012 eu também senti dor. Também foi o ano da saudade, dos desencontros, das despedidas. Mas eu também ganhei muita gente, me senti renovada e tive forças para me reinventar. Mudei tudo: o cabelo, as roupas e os sonhos.
2012 foi bom. Foi um ano que eu nunca vou esquecer. Eu fui tão feliz que mal posso acreditar.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Dezembro e o frio na barriga

Todo dezembro é a mesma coisa. As luzes iluminam a cidade e esquentam o meu coração. Eu queria viver num mundo que todo mês fosse dezembro. Que todo dia tivesse campanha solidária para juntar agasalho, roupa e comida para os mais necessitados. Que cartões fossem postos junto a presentes e que a gente abrisse o coração pra falar o quanto as pessoas são especiais. E as comidas? Pra mim, nenhuma época do ano é mais feliz.
E eu, de ansiosa que sou, fico com um frio na barriga só de pensar em tudo que acontece em todos os dezembros. As mãos gelam em pensar em rever os amigos, fazer confraternizações e o constrangedor amigo secreto. Mas esse dezembro é especial.
Nos últimos quatro anos, me relacionei com pessoas, fiz amigos e, principalmente, construí uma rotina. E, neste dezembro, tudo acaba. A rotina, a convivência diária, as conversas no meio do corredor com as amigas.
Pode parecer papo colegial, mas a faculdade pra mim foi bem recreio, mesmo. Foi lá que eu conheci tantos amigos e amigas que hoje são os meus melhores. E foi lá que eu aprendi a ser quem eu sou de verdade.
Depois deste dezembro, muita coisa vai mudar. De estudante, vou ser jornalista.
Com saudades antecipadas do meu dezembro, espero os encontros e a despedida com muito frio na barriga.