terça-feira, 28 de abril de 2009

Realizar.

Sonhos e aspirações... todos temos. Projetamos idéias, situações, nos imaginamos em lugares, em postos, em dias. Imaginar, imaginar parece tão longe de realizar, não é verdade? Hoje eu realizei, realizei por conta própria, por conta minha, por mim. E me dei de presente um dia que jamais vou esquecer. Divido apenas com uma pessoa a emoção de hoje e sei que ela está tão realizada quanto eu. E que venham mais dias como esse, nossos dias, dias nossos. Em que possamos fechar os olhos e quase não acreditar no que aconteceu. É verdade.

agradecimento imenso a alguém que comigo divide o carro, hoje as emoções e a partir de agora todos os sonhos: Luiza Assis :)

sábado, 25 de abril de 2009

curso de como NÃO esquecer o ex.

Como esquecer namorados, paqueras, ficantes... Bem, isso eu não sei. Mas sei como manter todos eles bem na sua cabeça, é mais fácil do que se imagina. Portanto agora, meus amigos, começa um minicurso prático de como (não) esquecer o ex. :),

  • Regras super básicas : Primeiro ele tem que ser perfeito, no maior estilo 'nunca vou achar um tão perfeito pra mim quanto esse aqui'. Depois vocês têm que ter vivido uma boa história- dessas cheias de lembranças, mesmo que efêmeras, mas é preciso ter muita coisa para recordar. E por último, vocês precisam ter andado pelo menos uma vez, umazinha se quer, de mãos entrelaçadas.
  • O que fazer : Não vire amiga, irmã, ou qualquer coisa fraterna do ex. Isso faz com que o tempo o torne cada vez mais assexuado junto de você e quem sabe um dia vocês estarão contando segredos de paqueras atuais um ao outro. Ex é sempre ex, não deve virar amigo. Também não ligue, não fique olhando os antigos presentes, nem as cartas, nem nada disso. Guarde tudo no seu íntimo, e relembre sem nada concreto. Isso vai tornar seu amor quase platônico.
  • Quando você tiver plena certeza de que aquele ser era completamente sobre humano, que era perfeito para você e que você o perdeu sem motivos, sem explicação... Bem, aí você pode se relacionar com todos os cachorros da humanidade, pois é só manter na cabeça 'ninguém nunca chegará aos pés de fulano de tal'. E seja feliz, com o que der.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mas duas pessoas


Mas duas pessoas não se equilibram muito tempo lado a lado, cada qual com seu silêncio. Um dos silêncios acaba sugando o outro, e foi quando me voltei para ela, que de mim não se apercebia. Segui observando seu silêncio, decerto mais profundo que o meu, e de algum modo mais silencioso.

E assim permanecemos outra meia hora, ela dentro de si e eu imerso no silêncio dela, tentando ler seus pensamentos depressa, antes que virassem palavras húngaras.



Budapeste, Chico Buarque.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

dá o fora.

Resolvi não mais ligar. Resolvi que agora vai ser desse jeito mesmo, do jeito que tá. Não se pode desejar uma coisa sozinha, esperar algo de alguém que não promete nada. Eu só acredito naquilo que vejo daqui por diante. Eu vejo muitas coisas, eu vejo uma nova estrada. Com outras pessoas, em outros lugares. Não tem mais nada a ver com você, eu não tenho mais nada pra te dar. Não tem mais nada seu aqui. Vai embora.

O COMODISMO É O MAL DA HUMANIDADE.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

angústia doméstica


O sol entrava pela janela da sala, fazendo sombra no chão e deixando tudo alaranjado. Sofia olhava a TV (apenas olhava, pois não estava vendo nada). Seus pensamentos estavam tão longe que ela nem poderia se mexer, estava dura como pedra. Esperava que aquilo passasse, mas há algum tempo não conseguia parar de pensar em coisas absurdas. Eram pensamentos estranhos, que a levavam a lugares desconhecidos, lhe dando a plena conclusão de que estava sentindo algo que não queria sentir. Não havia uma só explicação para tal sensação, apenas uma angústia doida, misturada com um amor roxo que andava rondando sua vida. Muda por fora, gritava por dentro. Estava desesperada, não sabia o que fazer. Com controlar aquilo que não se pediu pra ter? Mistério.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

ir pra todo lado só te trouxe até aqui


Sofia olhava a cidade, como as pessoas se comportavam, como a vida era um grande jogo, como tudo era bonito e estranho de ser observado. Tinha essa mania desde criança, mania de olhar, olhar, olhar. Ele chegou - Sofia sentiu o coração ter uma convulsão, suas mãos gelavam mais do que a cerveja que segurava nervosamente - deu um sorriso meio sem jeito, Sofia esperou mais. Ele a abraçou, com jeito de quem não ia largar mais nunca e se fez entender com poucos atos - nenhuma palavra foi necessária.


...depois ela acordou.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

remoto controle


As pessoas se acomodam a situações nas quais não estão felizes, embarcam em balsas que são previamente furadas. Coisas que supostamente seriam prazerosas da vida, para alguns se torna luto. Isso tudo por não saber dizer 'sim' ou 'não' na hora certa. Medo de magoar, medo de se arrepender, medo de estar equivocando-se. A esposa quer se separar há 15 anos, sabe que é traída toda quinta-feia pelo marido - com a secretária- mas tem medo equivocar-se. Há 15 anos ela tem medo. O garoto é apaixonado pela melhor amiga, ele vai ser padrinho do casamento dela, pois tem medo de contar a verdade e dar errado - ele guarda esse segredo desde a oitava série. Um homem se submete a um casamento com uma mega madame, socialyte - ele é gay, quer manter a hipocrisia.

Desisto do mundo. Desisto de você.

terça-feira, 7 de abril de 2009

NEW.


O novo é sempre preferido, mais notado, desejado. Tudo que é novo parece ser bom. Às vezes nem é, mas o velho é velho e aí perde a graça. Tudo que é gasto é desgasto? Negamos a eternidade até nas pequenas coisas, não seria esse o resultado da nossa mortalidade? Se fossemos imortais talvez não não desse certo. O novo chama atenção pelo simples motivo de ser inédito. Inédito não é o mesmo que bom, lembre disso.

domingo, 5 de abril de 2009

miniflashback


Sofia passava pela rua, poderia olhar para qualquer canto, mas olhou bem para o canto em que ele estava. Ele, por sua vez, poderia olhar para qualquer uma, mas olhou para Sofia. Os olhares cúmplices se encontraram e tudo voltou, como um flashback de algo que ainda não era passado. Um abraço meio sem jeito, algumas perguntas e respostas - puro convencionalismo.


os olhos dela, esses sim , falaram a verdade- eles gritavam em alto e bom som 'me beije agora'

sexta-feira, 3 de abril de 2009

quarteto.




Marcos chegou primeiro. Sentou, pensou em pedir uma cerveja, pediu uma água. Viu Leandro se aproximar, pensou em levantar para abraçar o amigo, mas deu preguiça. Leandro chegou reclamando de alguma coisa que Marcos não conseguiu entender, pois prestava atenção em Rita. Rita era uma mulher pequena por fora, mas imensa em personalidade. Convencia qualquer um pelo cansaço, era extremamente fiel aos valores e divertia Marcos e Leandro com suas apologias malucas. Rita entrou no restaurante, sentou confortavelmente na cadeira e não deu 'oi', apenas sorriu e disse 'Sim, mas onde está ela?'. 'Ela' era Sofia, aniversariante do dia, a razão pelo qual os quatro se reuniam naquela tarde. Sofia sempre atrasava, não tinha horários, não tinha nada com ela- além do sorriso, é claro. Meia-hora se passou até que Sofia entrou no restaurante, procurando atrapalhadamente os amigos, que, é claro, já estavam lá há muito tempo. Não pediu desculpas, nem saudou ninguém, apenas enrolou o cabelo com as duas mãos e reclamou do calor. Leandro indagou sobre o atraso, Sofia fingiu que não viu e olhou para Marcos. Ela esperava alguma coisa, mas ninguém falou nada. Se olharam então por alguns segundos e cairam na risada. Era inevitável não rir. Ao redor da mesa deles existia uma infinidade de outras mesas, todas cheias de gente, mas aparentemente vazias. Pois é preciso muito mais que corpos para compor uma mesa. É preciso intimidade, piadas, cerveja, sorrisos, lembranças, remorços e carinho. Apenas bons amigos sabem compor bem uma mesa de bar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

prefiro toddy ao tédio


Me deixa perplexa o quanto as pessoas deixam suas vidas passarem, assim, sem mais ou menos. Não fazendo questão de nada, não olhando pro céu, não prestando atenção na lua, não rindo dos outros. Elas não fazem nada, não deixam nenhum registro, não querem, não importa. Eu tenho sede do mundo, tenho sede da vida, fome de libertação. Pra mim tudo vale, tudo pode, tudo é. E outra, eu não tenho vergonha de mudar de opinião (eu já disse que não sinto vergonha de pensar), portando digo, desdigo, digo... As pessoas são chatas. Se elas soubessem o tempo que perdem questionando, tentanto, dialogando sobre coisas que não vão influenciar em NADA em suas medíocres existências. Estou cansada desses que usufruem de boa aparência, e SÓ. Não pensam, não fazem, não dizem. Estão presos a seus costumes e valores hipócritas. Não se importam com os outros, apenas fingem, pois a vaidade é a mãe do egoísmo e ser 'bonzinho' é bonito. Não sou boa, nem bonita. Mas eu sou exatamente o que aparento ser, olhe na minha face e verá o reflexo de toda a minha personalidade errante, porém transparente.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

tem coisa que 'é' por ser

A gente se questiona, se bate, debate, retruca, esperneia. Chora e quer que tudo seja de outro jeito, mas as vezes esse é o jeito certo, o jeito que é pra ser, não vai mudar. E quantas vezes a vida não foi gaiata e o jeito que foi foi o melhor jeito? Espero que essa seja mais uma gaiatisse da vida.

ps: Precisamos saber a hora certa de ir e a hora certa de voltar, precisamos fazer isso com grande saída e grande entrada. Um pouco do espírito de Penélope Cruz , em Vick Cristina Barcelona, de Woody Allen. :)