E aí que hoje eu vi os teus amigos, os nossos amigos. E parecia tudo tão diferente, mas ao mesmo tempo tão igual. E aí me deu tanta saudade, sabe? De repente me deu saudade da hipótese de estarmos todos ali, todos juntos e felizes, as vezes fingindo ser felizes, é verdade, mas todos juntos. Me deu saudade das nossas conversas e eu tive uma sensação tão errada. Tive, de novo, aquela impressão de que tudo tava errado, que as coisas não estavam se encaixando e que tava todo mundo fora de si. Uma saudade, uma nostalgia e uma lembrança daquele final de semana em Paquetá.
E aí veio Otto e cantou que "Nasceram flores num canto de um quarto escuro" e é assim mesmo que eu me sinto, sabe? Eu me sinto uma sobrevivente, uma planta que nasce no canto de um quartinho esquecido e sem luz. "Mas, eu te juro, meu amor, são flores de um longo inverno" e aí ele completou, me fazendo lembrar que eu vivi um grande luto até aqui e que eu posso até estar feliz agora, eu posso até gostar de alguém, eu posso passar dias sem pensar em você, mas eu jamais vou esquecer desse longo inverno.
Apesar de tudo, de saber, inclusive, que eu sou muito mais feliz sem você, eu tenho saudade da nossa felicidade mesquinha e pobre, da felicidade pequenininha em que o mundo era só nós dois.
Você faz falta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário