Em 2011, eu passei a virada com dois amigos em uma festa num alto prédio do centro da cidade do Recife. Olhando os fogos que anunciavam no céu a chegada de 2011, eu só conseguia pedir uma coisa a deus, ao universo, aos bons espíritos ou seja lá quem me ouvisse: ser feliz. Tinha sido um ano muito duro, muito difícil. Eu precisava de descanso.
2012 foi inacreditável. Logo em janeiro, uma dessas coisas que só acontecem em novela, aconteceu comigo. Ganhei um prêmio de 10 mil pilas para redecorar a minha casa. E aí eu, que sempre quis ajudar minha mãe, pude dar a ela uma "casa" novinha em folha. Foi maravilhoso.
Em fevereiro, o menino com os olhos mais curiosos do mundo me encantou. A gente começou a namorar e eu pude, enfim, me sentir viva de novo.
Já em agosto eu fiz 21 anos e, depois de ser considerada adulta no mundo inteiro, decidi que era a hora de ser criança de novo e resolvi pedir demissão do emprego e viver um pouco às custas da minha mãe. Precisei dar alguns passos para trás para poder seguir em frente. Consegui um novo emprego, me reafirmei como profissional e me senti em paz.
Terminei um ciclo que pareceu uma eternidade, mas que ainda nem consigo dimensionar a saudade. A faculdade acabou e a emoção de me formar se confunde com a angústia de perder o contato diário com os meus amigos. Os meus melhores amigos. Coincidência ou não, foi o ano em que mais estivemos juntos, desde o início da faculdade.
Venci um pouco o meu orgulho pedindo desculpas a quem magoei. Tentei ser um pouco menos ríspida com quem amo e, de volta, ganhei muito mais carinho.
Crescer dói e é claro que em 2012 eu também senti dor. Também foi o ano da saudade, dos desencontros, das despedidas. Mas eu também ganhei muita gente, me senti renovada e tive forças para me reinventar. Mudei tudo: o cabelo, as roupas e os sonhos.
2012 foi bom. Foi um ano que eu nunca vou esquecer. Eu fui tão feliz que mal posso acreditar.
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