segunda-feira, 30 de março de 2009

Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.


Se ela te fosse direta, você a rejeitaria.


Ela vê os dois passando, as mãos entrelaçadas, os sorrisos supostamente verdadeiros, tudo às mil maravilhas. Ela sente seu coração alfinetar , uma dor física que é típica de quem acaba de ver o que não queria - mas precisava. É ver para crer, ela agora tem certeza de que não foi a escolhida, a premiada, a vencedora. Este posto está com uma outra, talvez nem merecesse tanto, talvez tenha sido por não merecer que tenha ganho um prêmio de tão alto preço. A outra tinha cara de quem não sabia o valor do prêmio, mas que achava bonitinho ostentar. Ela, que sozinha estava, voltou acompanhada da angústia de ser só. Mais uma vez voltou ao seu quarto, sentou-se na cama e chorou, como criança. Colocava seus sentimentos na frente do espelho, exatamente como fez quando os detalhou a ele, pena que ele não quis. Ele preferiu a outra, que nada falava - talvez nada sentisse - mas que o enfeitiçava.






Nenhum comentário:

Postar um comentário