domingo, 23 de agosto de 2009

um mais oito

Não resisto a aniversários. Não mesmo, nem um pouquinho. Eles me seduzem, me comovem, me emocionam. E por mais extra.clichê que pareça, eu sempre termino fazendo o bom e velho balanço de vida aqui por essas épocas. Amanhã eu faço dezoito anos. Minha bisavó tem 98, minha mãe tem 50, meu pai 58. Meu pai, minha mãe e minha bisavó ainda erram, então eu nem preciso falar o quanto eu, com meus 18 anos de vida, sou errante. Engraçado que eles também tem outra coisa em comum, já ouvi os três falando algo parecido com a frase 'não sabemos nada sobre a vida'. Engraçado que eu, com 18, achava que sabia. Eu não sei. Não sei de nada mesmo, nadinha. E nem quero saber muita coisa dessa tal de vida. Eu só quero me aproveitar dela, sugar o que ela tem de bom. Até porque eu sei que essa vida é safada, quando a gente menos espera ela vai embora. Bom, mas olhando assim pra trás, nesse pouco de estrada que eu tenho aqui atrás, eu consigo ver muitas mudanças - a ressaltar os últimos meses. As coisas mudaram, eu mudei. Ou apenas tirei alguma pele que havia sobre mim. Eu parei de ter vergonha do que eu gostava, do que eu sentia, do que eu queria. Eu conheci muita gente boa, muita gente eu sei que é só fogo de palha e que talvez não me acompanhe nessa viagem, mas tem um punhado de gente que entrou na minha vida nos últimos tempos que eu confesso que não sei mais viver sem. Também tenho aquela velha e confortante certeza dos 'velhos e bons'. Eles são a única coisa que não muda em mim, meu sentimento por eles permanece sempre aqui, intacto. Talvez eles sejam a única ponte de quem eu era pra quem eu sou e isso me dá chão. Confesso que em um ano consegui muitas coisas. Perdi o medo do escuro, mas ainda tenho medo de sapo e rã. Entrei na faculdade, senti saudades da escola, chorei ao rever antigos amigos, ri ao encontrar novos. Tive noites secretas, compartilhei segredos, caminhei de mãos dadas. Chorei e sorri por amor. Duvidei, me decepcionei, me iludi, acreditei. E lá no fim das tantas eu ainda acho que deva existir uma luz no fim do túnel. Ainda acredito em Deus. Ainda rezo à noite, peço para ser guiada por Ele. Alguns acham bobagem, mas eu continuo a ter Fé. Entendi meus pais e percebi que não adianta, eu jamais vou ter pais normais, jamais vou ter uma família convencional, mas mesmo com toda essa 'maluquice' que me ronda, eu não mudaria NADA neles, nada mesmo. Cheguei até aqui. Espero ir mais e mais e mais e mais longe. Espero ser feliz.

[Bel, Marcela, Catarina, Ana, Jhon, Pedrinho, Duda-lee, Luiza G., Gabi, Thiago, Renan, Malu, Maroca, Nathy, Maga, Brunna, Daniel, Diego, Louise, Tatiana, Rafael, Ricardo, Solanja, Rodrigo, Miguel e Edilene, muito obrigada ♥]

2 comentários:

  1. Ih minha amiga, ainda tem muita coisa pela frente, viu? Muitos momentos bons, com certeza. Você é uma pessoa maravilhosa, e eu sei que Deus te reserva muita coisa boa!
    FELICIDADES, sempre. E continue com fé e positividade, que tudo fica ainda melhor. *-*

    Beijos ♥

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  2. Caralh, você escreve muito bem, Arara. *-*
    Vou te seguir por aqui. Sabe, acho que o aniversário é feito pra reflexão sobre o passado, sobre como estamos hoje e até sobre o futuro. A gente pensa e quando pensamos, parece que foi tão pouco, né? Mas realmente foi. Temos muito o que viver e pensar ainda. E nesse ritmo as emoções nos rodeiam tão fortemente, que parece sufocar. Mas é aquele sufoco gostoso, sabe.. HAHA
    E você vê o quanto aprendeu e o quanto tem de aprender. Ao invés de nos fazer recuar, só dá vontade de ir em frente, ir a luta. Afinal, esses aprendizados são os únicos que nós realmente aceitamos sem questionar, é tipo um teste surpresa. E quem não gosta de surpresas?

    Beijos, da Urubu. HIAHAU

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