quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Rotina.

"Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã..."

Sacode às seis horas, respira, toma um café forte. Olha pela janela, o sol quente lá fora, o barulho das pessoas na rua. A vida. Hora de trabalhar. Ela senta em frente ao computador e começa a escrever. Escreve cartas, e-mails e textos para outras pessoas assinarem. O serviço dela é escrever para quem não é hábil ou não tem tempo. Entre as atividades do dia, questões como 'mandar e-mail para a mãe do Sr. Alberto, informando que ele está melhor da gripe'. No fundo, ela gostava. Até por que saber da vida alheia, não era tão ruim assim. Mas, as vezes, ela tinha uma sede de viver a própria vida e tempo não lhe sobrava. Pensava que um dia ia conseguir sair daquele sistema, encontrar algo melhor e mostrar seu talento. Ela queria escrever livros, romances, aventuras. Queria ser mais do que uma secretária íntima-pessoal. À noite, quando acaba o expediente, olha pro céu e lembra, com saudade, do passado. Sorrisos desabrocham no céu da sua boca. Lembra das gargalhadas com as amigas. Que delícia. O olhar fica um pouco mais longe. Ela lembra dele. Seu beijo, sua voz, seu abraço. Onde ele anda agora? Ela olha para o céu e imagina que um dia ainda vão se reencontrar. Dorme. Amanhã tem mais.

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