terça-feira, 19 de abril de 2011

botões escondidos.

É como descobrir um botão reserva no seu casaco preferido. Como ele estava lá o tempo inteiro e você nunca sentiu?
Há pessoas que são despidas. Você as enxerga como são. Pequenas atitudes do cotidiano as mostram fortes ou fracas, estúpidas ou leais, amigas ou falsas, carinhosas ou secas. Mas há aqueles que se guardam para os momentos mais especiais.
O poder de não se deixar descobrir. Ao contrário, deixar que os outros o definam, criem estigmas, interpretem da maneira que bem entendem. E aí, quando necessário ou simplesmente quando você quiser, tirar a carta na manga e deixar que enxerguem você mais a fundo.
Não sou o tipo de pessoa que os outros demoram muito a conhecer. Conviva comigo por dez dias, tome uma cerveja e me pergunte sobre a cicatriz que tenho no pulso, feita por uma quase tatuagem de uma boyband fracasso. Pronto, você não tem mais com o que se preocupar, não há com o que se surpreender mais tarde.
Mas fico encantada com pessoas que conseguem se demonstrar tão diferentes em momento tão oportunos. Tanto os postivos, quanto os negativos segundos. Afinal, alguém que em momentos absurdos se mostram cruéis merecem ao menos o meu reconhecimento pela falsidade. Parabéns. E a quem se mostra um gigante, ganha uma força fora do comum quando preciso, a minha admiração.
Já tive experiências boas e ruins com botões escondidos nas pessoas. Mas esse tal do ser humano é algo que eu não me canso de olhar e de amar. Viva os poderes secretos. Viva os botões escondidos.

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