terça-feira, 10 de maio de 2011

Tempo.

Sempre fui uma pessoa apaixonada pelo ser humano - e sou. Frases como "preciso ficar sozinho", "hoje não estou afim de ver ninguém", "não quero sair de casa" nunca fizeram parte da minha rotina. é claro que esporadicamente, sim, uma vez ou outra, aqui e ali. Mas estar de mal com o mundo, isso não é meu.
Porém, ando meio sem saco pra viver. Não quero música, não quero comida, não quero gente, não quero barulho. Mas, para continuar pulsando, eu ouço música, como, convivo com gente e vivo a sintonia da cidade. E, deus, como é triste viver sem querer. Jamais tinha passado por isso, estar sem tesão da vida, da minha vida. E, pela primeira vez em 20 anos, eu quero morar numa caverna.
Não sei o que houve, o que eu perdi ou ganhei, mas esse sentimento de desprezo pelo mundo anda me sufocando. Essa sensação de que são todos bichos idiotas, que não sentem, não enxergam, não acham engraçado. Estou à procura de alguma coisa. É, estou sim.
Para completar, ando com uma saudade imensa. Saudade dos amigos, da família, do namorado, de mim. Saudade de mim quando estou com eles, saudade deles quando estão comigo. Estou com saudade de rir, contar amenidades, esperar o tempo passar e... esperar. Esperar que as coisas simplesmente aconteçam e não correr atrás dos acontecimentos como ando fazendo. Cara, eu corro mesmo. Corro atrás de encontros rápidos com os amigos, de momentos de conversas rápidas com minha família, de momentos fora da rotina com o namorado. Quero tempo.
Vou fazer assim: vou juntar umas roupinhas, um jogo de xadrez e me mudar para uma caverna. Morar entre as pedras, ficar na solidão. Tentar entender esse peso do meu coração. Porra, eu não quero me tornar a velha sem tempo, sem vida. Onde eu estou? Aonde estou indo? Quem sou eu?
Whatever.

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