domingo, 8 de janeiro de 2012

Lembrar de mim, de você, das crises de riso, das expressões de raiva, de choro. Lembrar da fase mais movimentada do meu coração. Raiva, ciúme, saudade, paixão. Era tudo tão junto, tão presente. E hoje, o que mais me dói é me olhar no espelho e ver que você tá sumindo de mim. As músicas, os filmes, a marca da cerveja, tá tudo meio mudado e cada vez mais as coisas que eu faço, gosto e quero são diferentes das coisas que a gente já dividiu um dia. Não faz mal. Aqui dentro, meu bem, aqui dentro você ainda é presente. Todo dia, sem exagero, é dia de pensar em você. E eu penso, lembro, sorrio, as vezes choro. E as vezes eu pego uma foto nossa e vejo toda aquela completude, aquele nosso jeito de ser feliz como se o amanhã não existisse.
Se tiver pensando em mim qualquer dia desses, pensa com muito amor e tenha a certeza que esteja onde estiver, vou sentir um arrepio bom, desses quando você lê uma coisa bonita ou escuta uma música boa. E aí, se não tiver nenhuma música tocando ou se eu não tiver lendo nenhum livro de romance, e ainda assim eu sentir aquele arrepio, eu vou ter certeza que é você pensando em mim, em nós.
E eu to indo pro mundo, meu bem. Essa coisa de me guardar até você voltar não tá dando muito certo. Minhas intuições começam a concordar com a minha razão. Não, você não vem. Então tá, tudo certo. Pense em mim com muito amor, lembre-se sempre de que as estrelas são as coisas mais lindas e ganhe esse mundo. Também vou ganhar. Mas, ó, guarda esse segredo: tenta aparecer qualquer dia, tenta me surpreender. Pois pode passar o tempo que passar e pode vir quem quer que seja, mas eu vou olhar pro mundo inteiro procurando por você.

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