domingo, 1 de janeiro de 2012

tudo novo de novo

5, 4, 3, 2, 1. Sofia olhou os fogos de artifício invadirem o céu. Estava rodeada de pessoas, mas naquele momento se sentiu só. Não, não foi uma solidão ruim. Ela se sentiu bem com ela mesma, de uma forma mágica. Só ela sabia tudo o que tinha passado naquele maldito ano. Quantas lágrimas caíram, quantas angústias, quantos pesadelos. E aí ela viu uma nova página se abrir à sua frente. Era um novo ano e Sofia poderia ser quem ela queria ser, afinal, tudo, tudo mesmo, agora era passado. Era tudo novo de novo.
Chegou em casa perto do amanhecer, tomou um café sem açúcar, pois agora iria fazer regime. Olhou o sol irradiar o seu bairro.
 Acordou às duas da tarde, com o sol queimando seu rosto. Tinha dormido no sofá, por cima de um braço e estava com uma dor terrível no pescoço. Correu, foi olhar-se no espelho. Não parecia mais magra, nem mais bonita. Olhou sua carteira, nada de ser mais rica. E tudo o que pediu na tal virada do ano?
Quem sabe no próximo reveillon. Neste, pelo menos, tudo continuava como sempre foi. Sofia ainda era a mesma.

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