Nós somos jovens. Jovens. Eu não disse aventureiros e nem extrovertidos e nem namoradeiros. Eu disse jovens. E, dentro da imensidão da nossa imaturidade, temos todos os sonhos do mundo. Nós somos jovens. Podemos errar. E erramos! Podemos acertar e somos eleitos heróis. Somos forçados a tomar decisões, mas voltamos atrás. Porque jovens podem mudar de ideia o tempo inteiro. Escolhemos as roupas que vamos vestir, o estilo que vamos seguir e a nova música que vamos curtir. Escolhemos entre ketchup ou mostarda, cerveja ou vodka, direito ou teatro. Somos lindos. Independente de quão feio você é, quando se é jovem é que se é mais bonito.
Nós somos jovens. Jovens. E podemos ser jovens até quando nós quisermos.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Toda vez que alguém fala da tragédia de Santa Maria, parece que eu levo um soco no meu peito. Não consigo mensurar o pavor que bate na minha garganta quando penso que poderia ter sido em qualquer lugar, até mesmo aqui. Até mesmo comigo.
Não sei bem o motivo, mas desde que soube da tragédia, comecei a me lembrar de quando comecei a andar sozinha de casa para o colégio e do colégio para casa. Eu andava rezando para que nada de ruim me acontecesse e com as mãos geladas, com medo da vulnerabilidade de estar ali, sozinha, podendo qualquer pessoa me fazer mal. É assim que eu volto a me sentir hoje. Talvez, por alguns anos, eu e todos os jovens deste país tenhamos achado o que todos os jovens pensam: conosco não vai acontecer.
Enquanto aquelas pessoas se arrumavam para sair, milhares de outros jovens também se embelezavam no sábado à noite. Provavelmente, muitos de nós dançamos as mesmas músicas que tocaram naquela boate e alguns até devem ter passado por situações parecidas. Rimos, cantamos e dançamos. Porque é isso o que os jovens fazem. Nós somos felizes, alegres e extrovertidos. Exatamente como a família da maioria das vítimas descreve os entes queridos que não sobreviveram.
E a mídia expõe os casos mais chocantes. Como o pai que sentiu um pressentimento ruim e foi para a frente da boate. Ou o estudante que tinha mais de 120 chamadas não atendidas no celular. Ou o namorado que mandou uma sms para a amada avisando que não conseguiria sair. Porque o fogo começou a acabar, pouco a pouco, não só com a vida de cada um, mas com a esperança. E nenhum jovem merece viver sem esperança.
O Brasil amanheceu de Luto. Foram mais de um milhão de sonhos cessados. Mais de 200 corpos enterrados. Mais de 100 estudantes feridos. Vidas que se transformaram em um segundo.
Vai passar.
Não sei bem o motivo, mas desde que soube da tragédia, comecei a me lembrar de quando comecei a andar sozinha de casa para o colégio e do colégio para casa. Eu andava rezando para que nada de ruim me acontecesse e com as mãos geladas, com medo da vulnerabilidade de estar ali, sozinha, podendo qualquer pessoa me fazer mal. É assim que eu volto a me sentir hoje. Talvez, por alguns anos, eu e todos os jovens deste país tenhamos achado o que todos os jovens pensam: conosco não vai acontecer.
Enquanto aquelas pessoas se arrumavam para sair, milhares de outros jovens também se embelezavam no sábado à noite. Provavelmente, muitos de nós dançamos as mesmas músicas que tocaram naquela boate e alguns até devem ter passado por situações parecidas. Rimos, cantamos e dançamos. Porque é isso o que os jovens fazem. Nós somos felizes, alegres e extrovertidos. Exatamente como a família da maioria das vítimas descreve os entes queridos que não sobreviveram.
E a mídia expõe os casos mais chocantes. Como o pai que sentiu um pressentimento ruim e foi para a frente da boate. Ou o estudante que tinha mais de 120 chamadas não atendidas no celular. Ou o namorado que mandou uma sms para a amada avisando que não conseguiria sair. Porque o fogo começou a acabar, pouco a pouco, não só com a vida de cada um, mas com a esperança. E nenhum jovem merece viver sem esperança.
O Brasil amanheceu de Luto. Foram mais de um milhão de sonhos cessados. Mais de 200 corpos enterrados. Mais de 100 estudantes feridos. Vidas que se transformaram em um segundo.
Vai passar.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
De 5ª
Eu e essa minha mania de achar que a gente vive num filme. Fico sempre tentando falar frases feitas, colocar a música na hora certa e tirar fotos em ângulos que me favorecem. O que eu nunca tinha me tocado é que não adianta forçar a barra para um romance ser igual nas telonas. As vezes é mais divertido, e até mais sincero, do que isso. Se nós fossemos estrelar um longa, seria um filme de quinta. Quinta categoria.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Terminando com amigos.
Quando eu lembrar da gente, quero lembrar da gente rindo.
Acabou tudo. O dia a dia com vocês miou, morgou, já deu. Foram 4 anos da gente se vendo dia e noite, de segunda a sábado, e isso deixou a gente tão parecido um com o outro que ninguém tem noção. Muitas vezes me pego falando expressões e palavras que não são coisas minhas. São de vocês. Porque chega uma hora na vida que, de tão amigos, começamos a nos misturar.
Com a gente não foi diferente. Foi tudo junto e misturado. Foi, de longe, a experiência mais louca da minha vida. Eu não sei como consegui amar tanto e tanta gente em apenas 4 anos. Mas, acreditem em mim, foi amor demais e pra vida toda.
E aí que agora tá batendo a síndrome de Peter Pan. Não estar com vocês significa mais do que não estar com vocês. Significa bola pra frente, carteira assinada, pagar as contas e se ver, uma vez por ano, naquele encontro da faculdade. Também significa que, cada vez mais, o "desce que eu to chegando" vai ficar mais parecido com o 'vamo marcar'. E, é claro, vamos arranjar outros amores diários. Porque o ser humano é assim, sabe? Precisa de amor no cotidiano. Talvez sejam os amigos do trabalho, ou da academia, ou do curso de francês. Mas vai aparecer outra turma, uma hora ou outra, para todos nós.
É claro que não vamos deixar de ser amigos. Somos amigos para o resto da vida. E amigos não têm pressa. Não precisamos ver um amigo toda semana para que ele seja nosso. Mas é tão bom vê-lo sempre que deveria ser obrigatório.
Eu, realmente, não sei como vai ser a minha vida sem vocês. Eu não sei muito bem quem eu sou agora. Não sei se vou ser hippie, atleta ou se vou ser dark. Mas sei que vou sentir saudade.
Eu odeio despedidas. Mas, apesar de ser ruim, a gente sabe que é bom. Eu poderia poupar vocês desse drama ou apenas não expor isso num lugar público. Mas eu prefiro que fique aqui, porque se um dia vocês precisarem saber se são importantes pra alguém, voltem aqui, leiam, e se lembrem que vocês são parte de mim.
Já to morrendo de saudades.
Acabou tudo. O dia a dia com vocês miou, morgou, já deu. Foram 4 anos da gente se vendo dia e noite, de segunda a sábado, e isso deixou a gente tão parecido um com o outro que ninguém tem noção. Muitas vezes me pego falando expressões e palavras que não são coisas minhas. São de vocês. Porque chega uma hora na vida que, de tão amigos, começamos a nos misturar.
Com a gente não foi diferente. Foi tudo junto e misturado. Foi, de longe, a experiência mais louca da minha vida. Eu não sei como consegui amar tanto e tanta gente em apenas 4 anos. Mas, acreditem em mim, foi amor demais e pra vida toda.
E aí que agora tá batendo a síndrome de Peter Pan. Não estar com vocês significa mais do que não estar com vocês. Significa bola pra frente, carteira assinada, pagar as contas e se ver, uma vez por ano, naquele encontro da faculdade. Também significa que, cada vez mais, o "desce que eu to chegando" vai ficar mais parecido com o 'vamo marcar'. E, é claro, vamos arranjar outros amores diários. Porque o ser humano é assim, sabe? Precisa de amor no cotidiano. Talvez sejam os amigos do trabalho, ou da academia, ou do curso de francês. Mas vai aparecer outra turma, uma hora ou outra, para todos nós.
É claro que não vamos deixar de ser amigos. Somos amigos para o resto da vida. E amigos não têm pressa. Não precisamos ver um amigo toda semana para que ele seja nosso. Mas é tão bom vê-lo sempre que deveria ser obrigatório.
Eu, realmente, não sei como vai ser a minha vida sem vocês. Eu não sei muito bem quem eu sou agora. Não sei se vou ser hippie, atleta ou se vou ser dark. Mas sei que vou sentir saudade.
Eu odeio despedidas. Mas, apesar de ser ruim, a gente sabe que é bom. Eu poderia poupar vocês desse drama ou apenas não expor isso num lugar público. Mas eu prefiro que fique aqui, porque se um dia vocês precisarem saber se são importantes pra alguém, voltem aqui, leiam, e se lembrem que vocês são parte de mim.
Já to morrendo de saudades.
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Sobre coragem
É tão difícil ser sincero que quase ninguém é. ao longo dos anos, desde os nossos mais hipócritas ancestrais, se convencionou que algumas verdades são indelicadas e, portanto, é melhor não dizê-las. Pura bobagem. As verdades são ditas sempre, só que as vezes a gente não diz pra pessoa certa.
Observar o comportamento humano sempre foi o meu hobby favorito. Não acredito que todos somos uma massa, aprecio muito nossas individualidades, mas admito que temos comportamentos bastante comuns. O medo, por exemplo, é quase sempre um passaporte para a fuga.
Quando as coisas não estão indo bem, o que fazemos é fugir. Fugimos porque queremos ficar longe dos problemas. Fugimos porque é mais fácil. Fugimos porque, quase sempre, na fuga também vem a breve sensação de liberdade. A gente confunde muito.
Bom mesmo é enfrentar as coisas, é ser corajoso. É enfrentar o medo. É difícil também, mas a gente começa com um passo.
Por isso, meu maior pedido ao universo em 2013 é coragem.
Observar o comportamento humano sempre foi o meu hobby favorito. Não acredito que todos somos uma massa, aprecio muito nossas individualidades, mas admito que temos comportamentos bastante comuns. O medo, por exemplo, é quase sempre um passaporte para a fuga.
Quando as coisas não estão indo bem, o que fazemos é fugir. Fugimos porque queremos ficar longe dos problemas. Fugimos porque é mais fácil. Fugimos porque, quase sempre, na fuga também vem a breve sensação de liberdade. A gente confunde muito.
Bom mesmo é enfrentar as coisas, é ser corajoso. É enfrentar o medo. É difícil também, mas a gente começa com um passo.
Por isso, meu maior pedido ao universo em 2013 é coragem.
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