A minha pele tem vestígio de mentirao
Meu corpo grita querendo liberdade da redoma criada
Minha mente anda cansada, procurando a saída
Meus braços não aguentam mais o ritmo, o ensaio
Cala, aguenta, beija, goza, mente
Na solidão de ser só descobri que quero gente
Uma sombra pra pisar, uma sombra e mais nada
O ódio do meu peito me faz gritar calada
O corpo que queima contra o seu, pede por carne
A mentira que te faço falar, soa como o sossego do domingo a tarde
Reviro a história atrás de desculpas que possam me igualar
A toda escória da minha vida, que, uma vez, já deixei que me matassem
Um nó aperta minha garganta
Os dedos do vazio deslizam meu corpo
Sinto saudades do equilíbrio, agora distante
Num baú de lembranças me afogo em quem era, me afogo em você
É como estar acorrentada junto à porta de saída
Não sei como não me sentir suja
Rodrigo Lins e Maria Eduarda Ferraz
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