sábado, 26 de setembro de 2009

'um dia é', à minha amiga Louise.


Bem, na verdade não adianta dizer que não é um jogo. Todos nós jogamos, sim. Algumas vezes jogamos sujo, somos trapaceiros, somos malandros. Em outras jogamos limpo, somos sinceros. Nessas vezes dói quando descobrimos que o adversário trapaceou. Você pensa 'nossa, eu poderia ter feito o mesmo, mas não fiz!'. A verdade é que envolver-se com alguém é quase sempre tão surpreendente quanto um jogo de campo minado. Não se sabe onde pisar, até onde se deve ir, onde é território proibido. E até o mais evidente relacionamento, como aqueles que brotam no meio de dois melhores amigos que se conhecem há anos, até mesmo esses trazem surpresas. É como apertar um botão novo da cafeteira, você tem a sensação de que só por que descobriu uma função nova o café sai com gosto diferente. Às vezes em que me declarei, em que gritei para alguém 'alô, amo você', basicamente todas elas não deram certo. Talvez até tenha sido melhor assim, visto que minha coleção de ex-amores incluem meia-dúzia de babacas e alguns bobões. Bem, na época eu não achava ninguém babaca, nem bobão. Por que eles se tornaram isso? Eu pedi a Deus, e como pedi, que cada um deles me amasse. Não amaram. Bem, pode parecer masoquismo, mas eu continuo acreditando nesse tipo de coisa. Não sei, algo me diz que um dia essa hora vai chegar, a porta da minha sala vai abrir e enfim vai entrar alguém que queira realmente ficar. O meu primeiro namoradinho foi no JardimII. O nome dele era Dudu e ele me trocou pela minha vizinha, porque ela era magra. Eu ainda me lembro que um dia, antes de me trocar pela pirralha magrela, ele chegou e beijou minha mão e disse 'minha flor'. Jesus, quanto tempo isso faz? 15, 16 anos? E eu ainda me lembro do canalhinha me chamando de 'minha flor'. Talvez seja difícil esquecer das coisas boas. Talvez seja mais difícil do que qualquer outra coisa. Meu coração busca respostas. Mesmo assim, sei que ele ainda jorra esperança e que não vai parar nunca. Um dia é.

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