quinta-feira, 22 de julho de 2010

dezesseis de julho de dois mil e dez

Gosto de questionar sobre a vida, sobre o amor. Principalmente quando se trata do amor e da vida dos outros. Quem me conhece, sabe. Vivo fazendo suposições, inventando roteiros para as vidas alheias. Acho que me falta pé no chão de vez em quando. Talvez seja por isso que eu amo tanto ele. Enquanto eu fico supondo, ele vive. Eu me importo com os outros tento arranjar a vida da humanidade. Ele tenta arranjar a nós. Afinal, minha cabeça é tão nas nuvens que precisava de alguém para cuidar de mim, da minha própria vida. Ele cuida.
A coisa que eu mais amo em sua companhia é o fato de ser o meu melhor amigo. As vezes o único. Ele me entende, me confessa coisas, me faz confessar outras tantas. E depois de dezoito anos, não me sinto mais sozinha. Aquela sensação de estar solitário no meio da multidão não chega mais perto. Ele sempre está comigo, até quando não está.
Para os que já estão com vontade de vomitar até aqui, melhor fechar a janela ou procurar outra coisa para ler. Daqui para frente ficarei ainda mais melosa, romântica e irritante. E como não ser?
Ele olha para mim como quem busca acompanhar o meu tempo e espaço, percebo claramente que faz questão de tentar entender o meu mundo, pois agora também é o mundo dele. E quando me abraça, me sinto segura. É tudo clichê, eu sei. Mas é um clichê sincero. E, por Deus, eu nunca saberia o que era amar se não estivesse passando por todo esse momento óbvio, que todos querem passar um dia. Eu estou apaixonada.
No dia dezesseis de julho de dois mil e dez fez exatos doze meses que estamos juntos. Um ano de tanta coisa. São lembranças que só me fazem amar mais. Mais, bem mais. E, como chegamos a esta conclusão outro dia, não tem mais jeito. Agora é isso e pronto.

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