O site astrológico disse que era tempo de renovação. Também disseram que, por essas épocas de inferno astral, eu estaria em contato maior comigo mesma e, portanto, mais segura de mim.
Bem, eu não acredito cem porcento em astrologia. Também não sei se esse lance de inferno astral é verdade. Só sei que o meu último ano foi, sim, um período em que me encontrei mais, me entendi mais e hoje me sinto mais "minha" do que nunca.
Sempre acreditei que todos os dias a gente deve tentar ser aquela pessoa que queremos ser. Seremos longe do ideal, mas o máximo de proximidade que conseguirmos será motivo para comemorar. Quero ser mais doce, quero ser mais inteligente, quero ser mais rica, quero ter mais amor, quero sorrir mais, quero ter mais saúde, quero ser mais organizada, mais, mais, mais. Queremos sempre mais. Esse ano, entretanto, foi o ano do meu menos. Fui menos chorona, menos medrosa, menos rancorosa, menos imatura, menos impulsiva, menos inconsequente. E, dessa forma, eu me tornei mais.
Foi um ano cheio de mudanças. E hoje, às 23h do dia 23 de agosto, a uma hora dos meus vinte anos, eu posso dizer que sim, eu sou feliz. Estou feliz. Ganhei pessoas, música, risadas, viagens, experiências lindas e eternas. Conquistei espaços, cresci internamente. Redirecionei os sonhos, o pensamento e os sentimentos. Pensei mais em mim, tentei ser mais eu. Um pouquinho de egoísmo não faz mal a ninguém.
Há 10 anos, eu pensei que aos vinte seria uma adulta. Aos 15, pensei que aos vinte seria bonita. Aos 18, achei que aos vinte teria conquistado o que sonhei. Aos vinte, me vejo imensamente feliz pela minha sede de viver e aprender que estamos sempre crescendo. A arte de transformar momentos difíceis em boas escadas é o que tenho tentado fazer.
E que venham mais brindes, mais sorrisos, mais músicas, mais beijos, mais livros, mais viagens, mais amores, mais cervejas, mais chocolates, mais sorrisos de novo. Que venha tudo que me faça sentir bem. Que venha com tudo. Estou pronta e com vontade de viver. Pode vir, vem que eu quero.
Que os vinte sejam melhores, muito melhores.
Feliz aniversário. Feliz ano novo. 1, 2,3 e já.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
domingo, 14 de agosto de 2011
Mudam as roupas, os números de telefone, o peso, a idade, as músicas. Só não dá para mudar as paixões. Essas ficam impregnadas na alma, como whisky fica no hálito. E vai dando saudade, saudade de mim e de você e de tudo que a gente era, de como a gente era, de como a gente era. Dos sonhos que eu tinha, acreditava e torcia para que se tornassem reais. Tenho saudades da pessoa que eu era com você todos os dias. Todos os dias.
As coisas ficam sempre bem, não há dor ou mal que dure para sempre - pelo menos não o tempo inteiro. Mas, o destino é menino mimado, não pode ver a gente bem que tenta dar uma rasteira. Uma pessoa passa com o seu perfume, com o seu cabelo, com o seu sorriso. Na verdade acho que nenhum deles tinham nada de você, mas é tanta saudade dentro de mim que tento te enxergar a todo custo.
Vem cá, deixa eu te falar da última semana, deixa eu te falar do restaurante novo que eu descobri, da banda coreana que eu to viciada, do filme que eu assisti no cinema e odiei. Deixa eu te dizer que tive uma febre que quase me matou, que minha mãe casou e foi morar na Rússia, deixa eu te falar do capítulo da novela, da minha dor nas costas. Mas deixa eu te falar da minha vida, eu não consigo imaginar coisa mais estranha do que viver sem você saber.
E aos poucos eu vou me tornando alguém que você não conhece, alguém que eu também não conhecia. Essa pessoa que eu sou hoje combina com a minha nova vida. Novo trabalho, novos amigos, novas músicas. E você vai fazendo parte do que eu fui, mas continua aqui dentro de mim, no que eu sou.
Você não para de pulsar dentro de mim.
As coisas ficam sempre bem, não há dor ou mal que dure para sempre - pelo menos não o tempo inteiro. Mas, o destino é menino mimado, não pode ver a gente bem que tenta dar uma rasteira. Uma pessoa passa com o seu perfume, com o seu cabelo, com o seu sorriso. Na verdade acho que nenhum deles tinham nada de você, mas é tanta saudade dentro de mim que tento te enxergar a todo custo.
Vem cá, deixa eu te falar da última semana, deixa eu te falar do restaurante novo que eu descobri, da banda coreana que eu to viciada, do filme que eu assisti no cinema e odiei. Deixa eu te dizer que tive uma febre que quase me matou, que minha mãe casou e foi morar na Rússia, deixa eu te falar do capítulo da novela, da minha dor nas costas. Mas deixa eu te falar da minha vida, eu não consigo imaginar coisa mais estranha do que viver sem você saber.
E aos poucos eu vou me tornando alguém que você não conhece, alguém que eu também não conhecia. Essa pessoa que eu sou hoje combina com a minha nova vida. Novo trabalho, novos amigos, novas músicas. E você vai fazendo parte do que eu fui, mas continua aqui dentro de mim, no que eu sou.
Você não para de pulsar dentro de mim.
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