O que foi mesmo que me disseram? Ah, sei. Que eu iria me acostumar, que com o tempo o meu coração não iria mais acelerar ao te ver chegar. Que a rotina ia me possuir, que eu iria me cansar do jeito carinhoso de chamar, que as frescurites de paixonite aguda iriam acabando-se, pouco a pouco. Pois bem, comigo foi diferente. As possibilidades de eu não ter seguido a regra são muitas. Posso ter uma disfunção no cérebro, um retardo emocional, posso realmente te amar demais ou simplesmente ser rebelde e jogar o jogo de outra forma. Mas a verdade, a verdade mesmo, é que durante todo esse tempo, não consegui diminuir nada - nada mesmo - do que eu sinto por você. Ainda olho o celular a cada cinco minutos, com a esperança de receber uma mensagem, quem sabe uma chamada perdida. Recados na página pessoal dos sites de relacionamento, e-mails, pergunto ao meu porteiro se tem algum recado. Tudo com a esperança de preencher meu dia a dia com tuas coisas, tuas palavras, tua presença. Quando você aponta pela janela, deus!, fico a ponto de passar mal de nervosa. As mãos ficam geladinhas, o coração fica mais rápido do que uma bateria. E então, quando você chega, posso sentir seu corpo quente, seu olhar sincero. Você me traz paz, você me traz amor.
O que mais gosto em você são os seus hábitos estranhos e sem sentido. Ah, como eu gosto! Só você tem as mãos inquietas, prestes , sempre, a mexer ou até quebrar alguma coisa. Eu amo você porque você é assim, certinho, leva tudo ao pé da letra. Eu amo você porque você lê todos os manuais de instruções, até o do macarrão instantâneo. E quando alguém surta de nervosismo ao seu lado, você fala 'se acalme', com voz forte e imperativa, pois você é a única pessoa que acredita que isso pode funcionar. E isso, isso é lindo.
Quando rimos das desgraças, quando você cozinha para mim, quando eu te peço com aquela voz manda para lavar os pratos no meu lugar e você força um sorriso, odiando aquilo, mas vai lavar. Quando tentamos imaginar as vidas alheias ou quando temos a certeza que nenhuma vida é melhor que a nossa. Em todos esses momentos, eu amo você. E é tanto amor que mal consigo respirar. É tanta emoção, tanto coração, tanta verdade, tanto, tanto, tanto tudo... Eu, você, o nós, o nó. E a minha vida segue e eu quero mais. Acho que estou doente, meu querido. Eu estou amando e , mais do que nunca, é de verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário